A transferência de calor é um processo bastante comum em aquecedores utilizados em diversos processos industriais. Mas, para que esses processos apresentem a eficiência desejada, a análise periódica do óleo térmico é extremamente importante.
Os óleos térmicos apresentam aquecimento específico e propriedades de refrigeração ideais, necessários em muitos processos industriais. Mas para que a eficiência deles seja constante, é preciso que a análise periódica do óleo térmico seja adotada, evitando assim possíveis prejuízos ou perdas aos sistemas industriais.
Veja então quais são os problemas mais recorrentes que a falta de manutenção dos óleos térmicos pode causar e quais são as formas indicadas para analisar e monitorar estes produtos dentro do setor industrial.
Aplicação dos óleos térmicos no setor industrial
Os óleos térmicos são produtos sintéticos bastante utilizados em aquecedores, eles possuem aquecimento específico e propriedades de refrigeração ideais que o tornam úteis em uma vasta gama de processos industriais que envolvam a transferência de calor.
Bons óleos térmicos apresentam estabilidade e capacidade térmica, viscosidade, compatibilidade com metais e ligas. Também trabalham sob condições extremas de temperatura, pressão e potência exigidas da máquina ou do processo.
Assim, os requisitos gerais que todo bom óleo térmico deve ter são:
- Boa estabilidade térmica;
- Ponto de congelação mais baixo;
- Baixa pressão de vapor;
- Viscosidade mais baixa;
- Alta capacidade de condutibilidade térmica;
- Barato e de fácil obtenção;
- Não ser tóxico, nem ter odor forte ou irritar a pele do trabalhador.
Esses fatores são essenciais para que a indústria faça bom uso dos óleos térmicos. Mas é sempre importante estar atento à qualidade do óleo térmico, para que a eficiência da transferência de calor seja o mais constante possível e a vida útil do óleo seja elevada.
Problemas mais comuns em óleos térmicos
Ao longo do tempo de uso, os óleos térmicos tendem a apresentar alguns problemas que comprometem a eficiência do sistema. Assim, entre os problemas mais recorrentes, pode-se citar:
- Perda de rendimento na transferência de calor;
Este é na maioria das vezes o primeiro sintoma percebido pela indústria. A perda do rendimento se dá pela presença de depósitos impregnados nas superfícies que operam como isolante térmico. A consequência disso será o excesso de consumo de energia.
- Craqueamento;
Este processo é caracterizado pela degradação acelerada por quebra das moléculas em função de altas temperaturas, gerando resíduos sólidos insolúveis que podem incrustar nas paredes dos equipamentos e causar entupimentos ao longo do sistema hidráulico, elevando os riscos de incêndio pelo abaixamento do ponto de fulgor;
- Vazamentos de óleos térmicos aquecidos e sob altas temperaturas;
- Oxidação do óleo térmico com aumento da formação de borras e depósitos;
- Aumento da contaminação por partículas e materiais estranhos que podem reagir com o óleo térmico a altas temperaturas.
Para evitar que esses problemas se tornem mais sérios, é sempre importante fazer a análise periódica do óleo térmico, com esse processo sendo extremamente vantajoso durante a manutenção de um aquecedor de óleo térmico a ponto de evitar possíveis prejuízos ou grandes perdas aos sistemas industriais.
Análise Periódica de Óleo Térmico: por que fazer?
A análise periódica do óleo térmico é um processo que deve fazer parte das melhores práticas de manutenção das indústrias que utilizam sistemas de transferência de calor em seus processos.
Quando esta prática não é feita de forma recorrente, a queda do desempenho do sistema tende a cair muito ou, em casos ainda mais sérios, pode fazer com que o sistema até pare de funcionar.
Esse fato reforça a importância da análise feita de forma periódica. Com isso, muitos problemas serão percebidos de forma antecipada, possibilitando a tomada de medidas corretivas antes que os problemas se tornem sérios e custosos à indústria.
Assim, baseado nos problemas mais comuns, é de vital importância fazer a análise periódica do óleo térmico, que irá monitorar alguns parâmetros básicos, tais como:
- Viscosidade: que tem relação com craqueamento, oxidação e contaminação;
- Oxidação: evitando borras e depósitos;
- Contaminação: evitando a aceleração de degradação do óleo;
- Presença de água: evitando a aceleração de degradação;
- Ponto de fulgor: evitando casos de incêndios pelo monitoramento do craqueamento e/ou contaminações com outros óleos;
- Insolúveis: evitar borras e depósitos capazes de danificar o sistema, reduzindo seu rendimento.
Tipos de análises periódicas do óleo térmico
Para a realização da análise periódica do óleo térmico são adotados dois processos: padrão e rápida.
A análise padrão é a mais completa, permitindo determinar as variações na destilação, a viscosidade e a acidez de determinado fluxo. Também ajuda a definir as condições do óleo térmico, como normal, leve, média ou avançada degradação.
Esse processo padrão é de grande valia para todos os sistemas, mas principalmente para aqueles que possuem grande volume ou atingem temperaturas superiores a 230ºC.
A análise rápida é mais ágil, prática e simples. Porém, esse tipo de procedimento não consegue obter muitas informações sobre o óleo, sendo, por isso, indicado apenas para sistemas com baixo volume.
Quer saber mais? Então conheça quais são os tipos de óleos térmicos mais utilizados pelas indústrias.